quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Aprendendo a viver


Talvez a nossa teimosia nos leve algumas vezes a querer entender a vida como uma conta exata de matemática. Aí tudo fica confuso e parece estranho. Nossos sentimentos, as circunstâncias que nos envolvem direta e indiretamente, não são equações precisas com respostas certas. Na vida, muitas vezes fazemos escolhas em que precisamos discernir entre um caminho certo e um errado. Mas nem sempre é assim, muitas decisões e posturas não cabem dentro de um julgamento. Por exemplo, uma pessoa prefere passar o fim de semana jogando vídeo game com a família numa casa de campo, outra pessoa prefere ficar sozinha no seu quarto escutando um som Mp3, uma terceira pessoa ainda não se definiu se quer curtir praia com o tempo nublado... Enfim, todos estão certos dentro de suas opções e para conviver de maneira saudável precisamos respeitar as diferenças e nos permitir ter as nossas próprias preferências. Olhar para dentro de nós e respeitar nossos sentimentos, pensar sobre o que realmente é importante, perdoar nossos erros e valorizar nossos acertos. Afinal, somos todos aprendizes no palco da vida.
É preciso saber viver... Buscar o equilíbrio e evitar obsessões. Já percebeu que é aí que mora o perigo? Quando permitimos que um desejo tome um espaço exacerbado no nosso coração e fazemos da realização do mesmo a única porta para felicidade ou simplesmente vamos para o outro extremo de abrir mão de um grande sonho por simples medo de fracassar. São duas cobranças exageradas: Tenho que conseguir e não posso fracassar... Aí começa o problema, pois não “temos” que conseguir nada e “podemos” fracassar. A importância de um desejo não se mede pela cobrança em consegui-lo e um fracasso não é determinante para outro fracasso. Perder a batalha não significa perder a guerra. Às vezes se perde para aprender a ganhar.
 É preciso saber viver... Saber lidar com as dificuldades da vida e lembrar que ainda existe o amanhã. É preciso descansar em Deus e buscar amá-Lo. Olhar além de um desejo ainda não concretizado (manter a esperança) e perceber quantas outras bênçãos nos foram concedidas. Aceitar o não, ver uma opção positiva no talvez e perceber os “sim” que nos é dado todos os dias. Amar a vida com suas dúvidas e contradições.  Guardar a fé e alimentá-la sempre. Valorizar os esforços dos outros que nos querem bem e também os nossos próprios esforços que muitas vezes apenas nós mesmos conhecemos. Isso definitivamente não é uma tarefa fácil, mas com certeza é indispensável para a paz interior. Não é uma ciência exata, mas há beleza na vida que se mantém imponderável, imprevisível e livre. Tudo depende do nosso olhar. Muitas vezes peço a Deus que me dê bons olhos para que eu enxergue todas as coisas boas que existem em mim, no meu próximo e no mundo. E principalmente, que Ele me dê bons olhos para enxergar toda Sua bondade.


"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes de vida." Pv.3:23


Beijos,
Patty

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