terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Escolha amar de verdade



    Mesmo que tenha que começar de novo, eu o farei com o mesmo entusiasmo...Ou pelo menos tentando manter o mesmo entusiasmo. Nossa, como é difícil começar de novo depois de ter feito tudo tão legal. Acabei de perder o texto que tinha escrito sobre o amor, estava tão inspirada e de repente o computador travou e só consegui copiar algumas palavras. Mas o tema continua ávido na minha cabeça, graças a Deus. E lá vou eu...
    Hoje acordei com muita vontade de escrever no blog, passei uns dias longe dele por causa do feriado de carnaval e de uma virose que me deixou de cama. Mas nesses dias em que estive "de molho" dediquei alguns momentos a leitura de um livro apaixonante que se chama : O amor é um verbo e foi escrito por Gary Chapman.
    Na verdade o livro é uma coletânea de 40 grandes estórias de amor, contadas por pessoas que escolheram conjugar este verbo nas suas mais desafiantes formas. Pessoas iguais a nós, cheias de conflitos e defeitos.São estórias de amor por uma vizinha que precisava de ajuda, por um desconhecido numa cama de hospital, por um pai de quem só se recebeu mautratos, entre outros também nada fáceis de serem amados.          Este livro é impressionante pois relata o tipo de amor que Jesus nos ensinou quando veio ao mundo. Ele escolheu os fracos, Ele tocou aquele que ninguém queria tocar, Ele achou que valia a pena morrer por cada um de nós. Jesus disse que seríamos reconhecidos como seus discípulos pelo amor que teríamos uns pelos outros. E hoje eu me pergunto e te pergunto: Temos sido verdadeiramente discípulos do amor de Cristo? Temos nos guiado pelos limites impostos pela sociedade das aparências ou temos procurado ver o nosso semelhante como um irmão? Será que temos regras de relacionamento que nos impedem de ir além? Regras que nos deixam imunes as tentativas de nosso cônjugue de nos pedir perdão, por exemplo? Essas são respostas que temos que dar a Deus. E se reconhecermos nossa pequenez, quão alegre o céu ficará. 
    A partir do momento que reconhecemos que sem Ele não somos capazes de amar, uma nova realidade se instala em nossa vida. A inspiração e o perdão começam a ser derramados em nossos corações e inicia-se um viver com predisposição para o amor ao próximo.
    Que Deus nos ajude nessa caminhada pois só Ele pode nos capacitar. A Boa nova é que Ele não apenas pode,  mas deseja intensamente nos encher do Seu amor. Que maravilha!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Não troque o CORDEIRO de DEUS pelo Galo da Madrugada.


       Vou expressar minhas convicções sobre um tema polêmico e que já me trouxe muitas dúvidas. Falar do Carnaval é difícil porque colocada como uma festa da “fantasia poética” e “alegria para todos” ele se torna tão bonzinho e inofensivo que até parece errado ser contra...
     Ontem pela manhã vi no Orkut de um grande amigo, estudante de Teologia, esta frase: Não troque o CORDEIRO de DEUS pelo galo da madrugada. Naquele momento fui impactada por esta afirmação e fiquei refletindo se seria um bom caminho escrever desta forma. A princípio achei que poderia assustar as pessoas que não conhecem a Jesus, que seria melhor não tocar neste assunto e fazer como a maioria de nós, cristãos, faz nesta época do ano: Retiro Espiritual de Carnaval.
     Não que eu tenha uma visão de ser contra este tipo de evento, mas também acredito que devemos nos posicionar diante de tudo que acontece. Então pensei em Jesus e recordei algumas passagens da Bíblia em que Ele se mostra um Revolucionário e Radical, mesmo quando as pessoas não se agradavam da sua postura.
      É no caso do Jovem Rico que pergunta o que deveria fazer para herdar o Reino dos Céus e Ele responde que ele deveria vender todos os seus bens e dá aos pobres. (Jesus sabia que o verdadeiro amor do jovem era por seu dinheiro).
     Outro caso que Jesus é bastante enfático e não agrada a maioria das pessoas é quando ele invade o templo e expulsa todas as pessoas que estão vendendo e comprando. Ele diz que a Casa de Deus não é comércio e sim uma Casa de Oração.
    Ao lembrar-me de Jesus e encontrar dentro de mim a motivação de agradar somente a Ele, resolvi abordar este assunto em meu blog. Afinal, o nome do BLOG é DESPERTA e não poderia fechar meus olhos diante desta realidade.
     O Carnaval não é de Deus, meus amigos, irmãos e “espiões” do BLOG DESPERTA. Esta festa, aparentemente inofensiva, carrega uma verdade espiritual incontestável: é a festa da “carne”, de “colocar para fora os seus demônios”, de “celebrar os prazeres do mundo de maneira ilimitada”, de “satisfazer os impulsos do corpo”...
     Talvez você pode está se perguntando: Mas eu vou pro Carnaval só para “olhar”, não vou “brincar”. Ou talvez vc afirme a si mesmo: Vou com meus amigos e minha familia, não cairei bêbado nas ruas e não tenho más intençoes. Eu acredito nisto que você está dizendo, porque pensava exatamente assim. Mas precisamos ser cuidadosos e vigilantes com nossa natureza pecadora, devemos gastar tempo com coisas mais edificantes e não ignorar a realidade espiritual que existe nestes dias. A Bíblia nos ensina que devemos ser mansos como um cordeiro e espertos como uma cobra. Existem rituais malignos por trás dos batuques dos tambores do maracatu, existe uma simbologia diabólica que envolve as “tradições culturais dos escravos” e também oferendas a entidades espirituais durante todo o Carnaval.
     Eu achava que tudo isso era um exagero e até mesmo fanatismo religioso se pensássemos dessa forma, afinal a Televisão faz desta festa “inocente e boa”. Mas então Deus me levou para evangelizar, com meus irmãos em Cristo da Igreja Episcopal, no Carnaval de Olinda.
     No ano de 2000 e 2001 estive na Praça da Paz e esta foi uma experiência única para meu crescimento.    Também foi essencial para que hoje eu estivesse escrevendo esta mensagem. Pessoas foram salvas e libertas durante aqueles dias e nós que fomos evangelizar ou que ficávamos orando, sentimos todo o peso espiritual que existe e enxergamos a diferença entre LUZ e TREVAS.
     Quando você está lá, no meio da festa, não existe meio termo. Ou você está com Cristo ou contra Ele. Por isso, temos que fazer nossa escolha. Eu já fiz a minha e conheço milhares que também escolheram a alegria verdadeira que só Cristo pode dar.
    Não é fácil seguir a Cristo e muito mais difícil é enxergar a realidade como ela é. Mas a verdade liberta e Jesus recompensa tudo que renunciamos. Hoje sou muito mais feliz do que quando precisava me fantasiar para transbordar alguma alegria. Hoje não preciso esperar até o Carnaval para pular e brincar com meus amigos. Não preciso de algumas cervejas para me divertir e relaxar. Isso é JESUS. Ele me resgatou e me amou, transformou a minha vida e me encheu com Sua alegria.Aleluia, Senhor! Obrigada pelo Teu amor!
Pense sobre isso e mais uma vez:
Não troque o CORDEIRO de DEUS pelo galo da madrugada.

Referências Bíblicas: Lc.19:18-23; Mt.21:12-13.
" Quem acha a sua vida, perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-lá-á."      Mt.10:39 
Um abraço verdadeiro,

Patty


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Louve ao Senhor



http://www.youtube.com/watch?v=gFterAfrSLM

http://www.youtube.com/watch?v=Oad8ov10AjY

Dons e Frutos Espirituais





Os 9 dons:                                                                                 

Sabedoria                                                                               
Conhecimento                                                                        
Fé                                                                                             
Dons de Curar                                                                           
Operação de Milagres                                                              
Profecia
Discernimento de Espíritos                                                         
Variedade de Línguas                                                                 
Interpretação de Línguas 
                                                      
Os 9 frutos:


Amor
Alegria
Paz
Longanimidade
Benignidade
Bondade
Fidelidade
Mansidão
Domínio Próprio


     Ontem pela manhã, como de costume, fui ao Culto na Catedral da Reconciliação. Logo ao chegar fiquei bastante inquieta, pois o calor estava intenso dentro do templo. Ao ver Pastor Alexandre Ximenes sentado em sua cadeira de bispo no altar, minha alma se alegrou e eu tentei me acalmar. Confesso que minha vontade era de sair correndo para debaixo do chuveiro, ainda bem que não o fiz. Minha vontade de ficar e ouvir a Palavra de Deus falou mais alto do que as agonias do calor. ( Sem exagero, estava MUITO quente mesmo!). Mas colocando estes detalhes de lado, quero me focar no essencial: A pregação.
     Ela foi diferente do habitual, como o próprio pregador colocou, não foi um Sermão e sim Ensinamentos sobre um tema muito importante. O Pastor começou a falar sobre Dons e Frutos Espirituais, já tinha ouvido várias palavras sobre isso, mas desta vez foi diferente. O Pastor focou sobre o equilíbrio que deve existir entre DOM e FRUTO. Falou sobre os 9 dons e os 9 frutos espirituais descritos nas escrituras Sagradas ( você pode acompanhar com mais detalhes lendo 1Co.12:8-11; Gl.5:22). E eu me surpreendi, foi muito edificante.
     Ele falou que deve existir um equilíbrio entre dons e frutos para que haja Saúde dentro da igreja. Ele deixou claro que o que definia como igreja naquele momento não eram as instituições, e sim o corpo de Cristo que se move em grupos, sejam eles ligado a uma denominação religiosa ou não.
E continuou dizendo que muitas pessoas se preocupam somente em ter o PODER de Deus, querem os dons, porém, não se preocupam com os frutos. E eu fiquei pensando nas minhas próprias experiências, e o quanto já sofri pela loucura do homem que espiritualiza tudo menos a si próprio. O cristão cheio de “poder” e sem amor, só consegue fazer um barulho incomodo e não produz a justiça de Cristo e sim dos homens.
     Por outro lado, há pessoas que só buscam os frutos e não crêem nos dons. Ou até crêem nos dons, mas se mantém afastados deles, como se eles não existissem. Isso também é bastante problemático, pois Deus deseja se manifestar com poder no meio do povo e Ele escolheu nos usar para isso. Então, qual é o ideal a ser buscado por nós Cristãos? O ideal é buscar o equilíbrio entre dons e frutos. Buscar o dom da sabedoria, mas juntamente com o fruto do amor. Exercer o dom de profecia em fruto de bondade. E assim, poderemos viver em abundância e realizar os propósitos do coração de Deus.
     Realmente esses ensinamentos são essenciais para qualquer cristão e também para àqueles que ainda não o são. Que observando o equilíbrio e perfeição que só existe em Deus, possam entregar suas vidas completamente ao Autor e Consumador da nossa fé, Cristo Jesus.

Um bom início de semana para todos, com muita reflexão e também ação, claro!

*** Esta pregação esta a venda na Livraria da Igreja, caso tenha interesse em obtê-la entre em contato pelo telefone: 3471-3292***

Beijos,

Patty

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Machado de Assis



O nascimento da crônica
Machado de Assis

Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a crônica.
Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras. Antes de Esdras, antes de Moisés, antes de Abraão, Isaque e Jacó, antes mesmo de Noé, houve calor e crônicas. No paraíso é provável, é certo que o calor era mediano, e não é prova do contrário o fato de Adão andar nu. Adão andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial. A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe. Digo que esta razão é provincial, porque as nossas províncias estão nas circunstâncias do primeiro homem.
Quando a fatal curiosidade de Eva fez-lhes perder o paraíso, cessou, com essa degradação, a vantagem de uma temperatura igual e agradável. Nasceu o calor e o inverno; vieram as neves, os tufões, as secas, todo o cortejo de males, distribuídos pelos doze meses do ano.
Não posso dizer positivamente em que ano nasceu a crônica; mas há toda a probabilidade de crer que foi coetânea das primeiras duas vizinhas. Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Uma dia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopando que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica.
Que eu, sabedor ou conjeturador de tão alta prosápia, queira repetir o meio de que lançaram mãos as duas avós do cronista, é realmente cometer uma trivialidade; e contUdo, leitor, seria difícil falar desta quinzena sem dar à canícula o lugar de honra que lhe compete. Seria; mas eu dispensarei esse meio quase tão velho como o mundo, para somente dizer que a verdade mais incontestável que achei debaixo do sol é que ninguém se deve queixar, porque cada pessoa é sempre mais feliz do que outra.
Não afirmo sem prova.
Fui há dias a um cemitério, a um enterro, logo de manhã, num dia ardente como todos os diabos e suas respectivas habitações. Em volta de mim ouvia o estribilho geral: que calor! Que sol! É de rachar passarinho! É de fazer um homem doido!
Íamos em carros! Apeamo-nos à porta do cemitério e caminhamos um longo pedaço. O sol das onze horas batia de chapa em todos nós; mas sem tirarmos os chapéus, abríamos os de sol e seguíamos a suar até o lugar onde devia verificar-se o enterramento. Naquele lugar esbarramos com seis ou oito homens ocupados em abrir covas: estavam de cabeça descoberta, a erguer e fazer cair a enxada. Nós enterramos o morto, voltamos nos carros, c dar às nossas casas ou repartições. E eles? Lá os achamos, lá os deixamos, ao sol, de cabeça descoberta, a trabalhar com a enxada. Se o sol nos fazia mal, que não faria àqueles pobres-diabos, durante todas as horas quentes do dia?



O texto acima foi publicado no livro "Crônicas Escolhidas”, Editora Ática – São Paulo, 1994, pág. 13, e extraído do livro "As Cem Melhores Crônicas Brasileiras", Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2007, pág. 27, organização e introdução de Joaquim Ferreira dos Santos.










sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Despertar da Graça


Há limites para o conhecimento de Deus?

Há lugares distantes o suficiente para me “esconder” de Deus?

Há pecado em desabafar ou Jesus é misericordioso o suficiente para me ouvir e se compadecer?

Há perdão e renovação quando confessamos o nosso pecado a Ele?

    Creio que a maioria de nós já conhece a resposta para estas perguntas, talvez por ter ouvido de algum amigo, talvez porque guarda esta certeza dentro do coração, talvez porque os pais ensinaram estas respostas quando eram crianças...Mas porque muitas vezes é tão difícil aplicá-las a nossa vida?
    Quando fiz Discipulado de Jovens (1998-2001) eu aprendi muitas coisas sobre a doutrina, o caráter e o ministério de Cristo. Todavia, um estudo em especial me chamou muita atenção e fala ao meu coração até hoje. O nome do Estudo é Desabafo e ele fala sobre a graça de Deus.
    No estudo, o autor faz uma analogia entre nós e um cachorro chamado Perro. Quando Perro fazia uma coisa errada, ele corria para debaixo da cama e se escondia do dono. E nós fazemos o mesmo! Quando fazemos alguma coisa errada, ao invés de pararmos para buscar o perdão de Deus, corremos para alguns esconderijos da nossa alma e seguimos adiante.
    O estudo segue falando que Perro fazia xixi na sala e corria para debaixo da cama. Mas o dono, corria até ele, pegava-o com amor e ensinava o correto. Não é assim que Deus faz conosco? Algumas lições nós aprendemos rápido, porém outras são pacientemente ensinadas pelo nosso Pai dia a dia. E sempre será assim...Sempre teremos pecados a confessar e coisas a aprender.
    O importante é despertar para a Graça que há em Cristo e entregar todo nosso ser para ser moldado por Ele. Não há lugar demasiadamente distante que possamos nos esconder do Senhor. Mas Ele espera de nós uma atitude de reconhecimento, precisamos crer que Deus existe e através de Cristo nos enviou a graça que é o livre acesso a Ele.
    Não importa quão errado nós agimos ou há quando tempo temos repetido este mesmo erro. A graça de Deus é ilimitada e Ele é amor. Deus pode e quer restaurar a nossa vida, depende de nós dar o primeiro passo. Que sejamos corajosos o suficiente para pedir a Deus que mude a nossa vida e que nos acheguemos confiadamente ao trono da graça, a fim de acharmos graça em ocasião oportuna.
    Não tenha medo de pedir o perdão de Deus. Pois Ele sempre teve uma mesma resposta para Àqueles que o pediram: “Seus pecados estão perdoados. Vá e não peques mais.” Além de nos perdoar, Deus nos dá uma segunda chance. Isso é que é maravilhoso, não existe graça sem esperança. Sempre há um novo caminho a ser trilhado quando nos prostramos diante do Pai; sempre existe restauração, não importa o tamanho do estrago; sempre existe amor quando não agüentamos mais seguir sozinhos...

“ Buscai ao Senhor, enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo os seus pensamentos;converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.” Is.55:6 e 7.

Patty